Segunda cidade do interior paulista a participar de um projeto para imunização em massa de sua população, Botucatu vacinou, em 16 de maio, cerca de seus 67 mil moradores com a primeira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca (Fiocruz). Esse número equivale a 95% do público-alvo da campanha para receber o imunizante.
A iniciativa faz parte de um grande estudo, inédito, que envolve a prefeitura de Botucatu, a Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), o Hospital das Clínicas de Botucatu, a Universidade de Oxford, o laboratório AstraZeneca, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Fundação Gates e a Embaixada do Reino Unido. Objetivo: avaliar a efetividade da vacina de Oxford/AstraZeneca, inclusive contra novas cepas do Sars-CoV-2.
O projeto é parecido com o ocorrido na cidade de Serrana, também interior paulista, mas a imunização em massa por lá foi realizada com a aplicação de duas doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em 95,7% do público-alvo do Projeto S*. Detalhe: Serrana possui 45.644 habitantes — quase um terço da população de 148.130 pessoas da cidade de Botucatu.
O período de imunização em massa dos moradores de Serrana se estendeu de fevereiro a abril, e a resposta imunológica daqueles que receberam a vacina será analisada ao longo de um ano. Entretanto, mais de um mês depois do término da aplicação da vacina, a cidade registrou uma média de mortes causadas pela doença até quatro vezes menor, quando comparada a municípios com população similar na região de Ribeirão Preto (SP).
Em médio prazo, os resultados do estudo das doses do imunizante aplicado em Botucatu serão conhecidos.
Fonte: Estadão
* Projeto S: estudo realizado pelo Instituto Butantan para avaliar a efetividade da Coronavac contra cepas de Covid-19